Bolsa Família 04/02: Quem recebe um salário mínimo pode receber o benefício em 2025?
O Bolsa Família é um programa governamental de transferência de renda que tem como principal objetivo combater a pobreza e impulsionar a inclusão social no Brasil.
Em 2024, continua sendo um suporte fundamental para milhões de famílias brasileiras que enfrentam vulnerabilidade socioeconômica.
O programa destina-se especificamente a famílias em situação de extrema pobreza ou risco social, assegurando que tenham acesso aos direitos básicos fundamentais, incluindo alimentação adequada, assistência médica e oportunidades educacionais.

Por meio de transferências monetárias mensais, o programa trabalha para reduzir os efeitos da desigualdade social, enquanto promove ativamente a inclusão social e garante proteção especial para crianças e adolescentes.
Quem pode receber o Bolsa Família?
Para se qualificar ao Bolsa Família, o requisito fundamental é que a renda mensal por pessoa da família não exceda R$ 218,00 em 2024.
Isto significa que o total dos rendimentos de todos os integrantes da família deve ser dividido pelo número total de membros, e este resultado precisa estar abaixo deste limite estabelecido para que a família possa receber o benefício.
Renda per capita e salário mínimo
Um aspecto crucial a ser compreendido é que o Bolsa Família não avalia isoladamente a renda de cada membro familiar, mas considera o somatório de todas as fontes de renda do núcleo familiar.
Isto implica que mesmo uma família onde cada membro recebe um salário mínimo pode ser elegível ao benefício, desde que, ao calcular a renda per capita (dividindo-se a renda total pelo número de integrantes), o valor resultante esteja dentro dos critérios estabelecidos pelo programa.
Por exemplo, considere uma família composta por sete pessoas, onde cada membro recebe 1 salário mínimo (R$ 1.320,00). Neste caso, a renda per capita seria de R$ 188,57, valor que se enquadra nos critérios de elegibilidade do Bolsa Família, por estar abaixo do limite estabelecido.
Esta família, portanto, poderia ser contemplada com o benefício, desde que atenda às demais exigências do programa.
Regras de Proteção e Benefícios Adicionais
A partir de 2023, o programa Bolsa Família implementou uma importante Regra de Proteção, visando assegurar a continuidade do auxílio às famílias beneficiárias que experimentem variações temporárias em sua renda.
Esta medida estratégica previne a interrupção repentina do benefício, proporcionando uma transição mais suave para núcleos familiares que enfrentam alterações imprevistas em sua situação econômica.
O que é a Regra de Proteção?
A Regra de Proteção estabelece que famílias que ultrapassem temporariamente o limite de renda podem manter o recebimento do benefício, ainda que com valor reduzido, por um período de até 24 meses.
Esta proteção foi implementada para oferecer suporte durante fases transitórias, como desemprego temporário ou flutuações na renda familiar.
Na hipótese de um aumento permanente na renda, a família necessitará adaptar-se à nova realidade financeira, com o benefício sendo reajustado conforme sua atual condição econômica.
Entretanto, caso ocorra perda de emprego durante o período de proteção, existe a possibilidade de restauração do benefício integral, mediante atualização do Cadastro Único.
Valores do Bolsa Família em 2024
Para 2024, o programa estabelece um valor base de R$ 600,00 para famílias qualificadas. Complementarmente, há um adicional de R$ 142,00 por integrante familiar, elevando o benefício médio para aproximadamente R$ 705,40 mensais.
Adicionalmente, existem benefícios complementares destinados a famílias em condições específicas, como aquelas com gestantes ou crianças menores de 7 anos, podendo resultar em um valor total superior.
Como se inscrever no Bolsa Família?
Para realizar a inscrição no programa, o responsável familiar deve dirigir-se pessoalmente a um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para efetuar o cadastramento no Cadastro Único.
Durante o processo, é necessário apresentar documentos de identificação de todos os integrantes da família, além de comprovantes de residência e da situação financeira atual.
O cadastramento no programa é fundamental para inclusão da família na base de dados governamental, permitindo o acompanhamento por profissionais de assistência social.
O Cadastro Único funciona como principal ferramenta para registro das famílias em diversos programas sociais do governo federal.