Lula pega a todos de surpresa hoje 14/02 e corta o Bolsa Família em 67% das cidades do Brasil
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está realizando uma análise minuciosa do programa Bolsa Família. Desde o início de seu mandato, houve uma redução de 1,1 milhão de beneficiários.
Em janeiro de 2025, o programa social atendia 20,5 milhões de famílias. No final do governo de Jair Bolsonaro (PL), em dezembro de 2022, esse número era de 21,6 milhões.
Essas diminuições ocorrem parcialmente devido a suspeitas de irregularidades. Após 2 anos de governo, Lula ainda enfrenta desafios para eliminar completamente os beneficiários irregulares do Bolsa Família.
Um exemplo disso são os 4,1 milhões de pessoas que recebem o benefício individualmente — isto é, não fazem parte de um núcleo familiar nem são responsáveis por cuidar de dependentes sem condições de autossustento.
As reduções durante a administração petista foram mais expressivas no Sudeste (-561.150 famílias) e no Nordeste (-537.321), as duas regiões mais populosas.
Em 3.730 dos 5.571 municípios brasileiros, existe hoje ao menos uma família a menos no programa em comparação com 2 anos atrás.
Os cortes atingiram 1.361 municípios do Nordeste, 1.214 do Sudeste, 633 do Sul, 292 do Centro-Oeste e 230 do Norte. Em 18 localidades o número permaneceu estável e em 1.823, houve aumento.
O Rio de Janeiro foi a cidade com maior número de exclusões, com 95.657 famílias deixando o programa em comparação com o final de 2019. São Paulo ficou em segundo lugar, com 59.520 beneficiários a menos.
Beneficiários do Bolsa Família nas cidades do Brasil
Todas as 5.571 localidades do Brasil (5.569 municípios, além de Brasília e Fernando de Noronha, que não são considerados municípios) possuem ao menos um beneficiário do Bolsa Família.
São Domingos do Sul (RS), situada a 233 km de Porto Alegre, é o município com menor número de beneficiários.
Atualmente, 8 famílias estão inscritas no programa social, uma redução em relação às 12 famílias de dezembro de 2022. Mesmo com poucos beneficiários, houve diminuição nos últimos 2 anos. A cidade possui 2.754 habitantes.
São 236 municípios que registram menos de 100 beneficiários no Bolsa Família (comparado a 213 no final de 2022).
Entre esses, 132 localidades apresentam atualmente uma quantidade menor de beneficiários em relação ao período final do governo Bolsonaro. Em 3 municípios, o número permaneceu inalterado, enquanto 101 registraram crescimento.
O Ministério do Desenvolvimento Social informou que uma “verificação sistemática dos cadastros vem sendo executada regularmente desde 2023” para detectar irregularidades e possíveis inconsistências no programa. De acordo com a pasta, “análises técnicas estão em andamento para aperfeiçoar o processo a partir de 2025”.
Novas medidas do Governo Lula
Estão previstas para implementação novas diretrizes operacionais, incluindo verificação detalhada da renda declarada, atualização periódica dos dados cadastrais a cada 24 meses e monitoramento sistemático dos registros de óbitos.
“O MDS reforça que conta também com mecanismos de fiscalização e aprimoramento contínuo dos programas sociais. Uma dessas ferramentas é a Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e do Cadastro Único, criada em junho de 2023. Essa rede tem como objetivo propor medidas para melhorar a qualidade das informações, a fiscalização do CadÚnico e a gestão do PBF, além de prevenir fraudes”, afirma o órgão.
O benefício foi denominado Auxílio Brasil entre novembro de 2021 e março de 2023, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Os critérios de inscrição foram flexibilizados durante a pandemia, quando alguns cadastramentos presenciais tornaram-se inviáveis. Observou-se um incremento significativo nas concessões próximo ao período eleitoral de 2022.
Este aumento de beneficiários na gestão anterior foi parcialmente atribuído à inclusão de beneficiários individuais, sem dependentes. O número atingiu 5,9 milhões em janeiro de 2023, reduzindo-se para 4,1 milhões atualmente.
Menos de 325 mil em 1 mês
O governo cancelou 325.475 benefícios entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. No último período, o investimento mensal totalizou R$ 13,8 bilhões.
Em dezembro de 2022, foram destinados R$ 14,39 bilhões, valores atualizados pela inflação até janeiro de 2025 (nominalmente, R$ 13,02 bilhões).
O valor médio do benefício no início do mandato de Bolsonaro era de R$ 186,78, alcançando R$ 607,14 ao final de sua gestão.
Durante seus quatro anos de governo, registrou-se um aumento nominal acumulado de 225,1%, enquanto a inflação no período foi de 27,1%.
Na gestão Lula, o auxílio médio apresentou elevação de 10,9%, atingindo R$ 673,62 em janeiro de 2025, com inflação acumulada de 10,5% no período.
