O Banco do Brasil (BB) tem se destacado recentemente por duas iniciativas significativas: a implementação do Pix por aproximação e a distribuição de R$ 3 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas.

Pix por Aproximação: Inovação nos pagamentos
Em outubro de 2024, o Banco do Brasil lançou o Pix por aproximação, inicialmente disponível para um grupo seleto de correntistas em Brasília e São Paulo.
.Essa funcionalidade permite que os clientes realizem pagamentos apenas aproximando o celular das maquininhas da Cielo, eliminando a necessidade de ler QR Codes ou digitar chaves.
Para transações de até R$ 200, o processo requer apenas a abertura do aplicativo do banco, seleção da opção “Pix por aproximação” e autenticação biométrica ou senha.
Para valores superiores, é necessária a senha de transação adicional. O BB planeja expandir essa funcionalidade para todos os clientes pessoa física até novembro de 2024, com todas as maquininhas da Cielo adaptadas até dezembro do mesmo ano.
A introdução do Pix por aproximação visa agilizar os pagamentos e melhorar a experiência do usuário, tornando as transações mais rápidas e seguras.
Estudos indicam que a adoção de novas tecnologias no varejo e a rapidez nas transações são altamente valorizadas por comerciantes e consumidores.
Com essa inovação, o Banco do Brasil e a Cielo antecipam a agenda do Banco Central, que prevê a implementação obrigatória do Pix por aproximação para todo o mercado a partir de fevereiro de 2025.
Distribuição de R$ 3 bilhões em dividendos e JCP
Em fevereiro de 2025, o Banco do Brasil anunciou a distribuição de R$ 3 bilhões aos acionistas, referentes ao quarto trimestre de 2024. Desse montante, R$ 1,04 bilhão será pago em dividendos e R$ 1,95 bilhão em juros sobre capital próprio (JCP).
Os valores serão corrigidos pela taxa Selic desde a data do balanço, em 31 de dezembro de 2024, até a data de pagamento, prevista para 20 de março de 2025.
Terão direito ao recebimento os acionistas com posição acionária em 11 de março de 2025, sendo que as ações serão negociadas na forma “ex” a partir de 12 de março.
O pagamento será efetuado por meio de crédito em conta corrente, poupança-ouro ou disponível para saque nas agências do Banco do Brasil.
Acionistas com cadastros desatualizados terão os valores retidos até a regularização. Para aqueles com ações custodiadas na B3, o pagamento será repassado por meio dos respectivos agentes de custódia.
No caso do JCP, haverá retenção de Imposto de Renda conforme a legislação vigente, exceto para acionistas isentos, que devem comprovar essa condição até 13 de março de 2025.
Desempenho financeiro e perspectivas
No quarto trimestre de 2024, o Banco do Brasil registrou um lucro líquido ajustado de R$ 9,58 bilhões, representando um aumento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No acumulado do ano, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 37,9 bilhões, um crescimento de 6,6% em relação a 2023.
Esses resultados foram impulsionados pelo crescimento da margem financeira bruta, aumento das receitas de prestação de serviços e controle rigoroso das despesas administrativas.
Apesar do desempenho positivo, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) apresentou uma leve redução, passando de 22,5% no quarto trimestre de 2023 para 20,8% no mesmo período de 2024.
Além disso, o índice de inadimplência acima de 90 dias aumentou para 3,32% em dezembro de 2024, influenciado principalmente pelo setor do agronegócio, que enfrentou desafios econômicos e climáticos ao longo do ano.
Para 2025, o Banco do Brasil projeta um crescimento moderado da carteira de crédito, estimando uma expansão entre 5,5% e 9,5%, abaixo dos 15,3% registrados em 2024.
A instituição também prevê um lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões para o ano, refletindo uma expectativa de estabilidade ou leve crescimento em relação ao ano anterior.
Essas projeções indicam uma postura cautelosa diante das condições econômicas atuais, mas também demonstram confiança na capacidade do banco de manter um desempenho sólido e consistente.